quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Uma aldeia chamada Salgueiro

Meus caros "primos" é com uma enorme satisfação que escrevo aqui neste blog,este blog sustenta o meu nome de Família, e alem de ser o nome do Blog e de Familia e tambem o nome de uma pequena aldeia.Deixo aqui um texto que copiei da página :
http://sol.sapo.pt/blogs/lopes1969/archive/2008/01/05/Hist_F300_ria-de-uma-aldeia.aspx
em que são dados a conhecer factos sobre esta aldeia,desde já agradeço ao autor do texto, o Sr. Lopes1969, a sua criação .
Fica então o texto
Saudações estimados "Primos"



História de uma aldeia chamada Salgueiro

Salgueiro é uma povoação da freguesia de Sôsa, concelho de Vagos que, embora modesta, possui alguns "monumentos " dignos de figurar entre as maravilhas de Vagos. A povoação de Salgueiro,além de ser cantada pelo poeta Faca, também mereceu as honras de vir nos livros de Manuel D\\\'Almeida, "Soza e suas gentes", e também do escritor e poeta Pedrógam, no livro "Lendas de Sosa". Realizava-se em Salgueiro, em tempos recuados a festa dos Reis Magos, que tinha fama de ser das mais pomposas das redondezas. Mas, com o passar dos anos, como acontece em lugares pequenos e de poucos recursos, e velha tradição foi perdendo muito do seu valor e hoje, só se realizam cortejos de pastoras que, tendo algum aparato e sendo merecedores das atenções não só das gentes locais mas de muitos forasteiros, em nada se assemelham a cortejos de reis como os de a outrora. Outrora também havia um rancho, denominado "Rosas Brancas",que teve origem num grupo carnavalesco e cuja fundação foi por volta de1970, mas acabando, para voltar de novo à actividade há poucos anos e até, felizmente, possuir sede própria no Largo da Árvore. Foi ainda por essa altura (1970) que se formou em Salgueiro um grupo musical designado por TV5. Se o chamado Largo da Árvore é bem conhecido de Salgueiro, com as suas árvores com mais de um século, como se pode ler em azulejo em casa velha que ali permanece, muito mais velha era a primitiva capela em honra de Nossa Senhora da Graça, que há varios anos foi melhorada, por iniciativa de uma comissão residente nos E.U.A,, à frente da qual esteve o sr. Manuel Rosa, actualmente a viver no lugar de Salgueiro. Outrora, segundo dizem documentos, consta que em mil cento e noventa e dois, D. Sancho I, o Povoador, terá doado aos cruzados, como recompensa, pelos auxílios prestados nas conquistas aos mouros uma orla marítima entre Sosa e Ílhavo, bem como a faixa interior da citada orla, onde existiam floresta virgem e animais selvagens. Por volta de mil duzentos e noventa e oito, homens piedosos atingiram uma vasta floresta de salgueiros, à qual vieram a chamar salgueirô. Em mil setecentos e cinquenta e três foi construída no lugar de Salgueirô, actual Salgueiro, uma capela destinada pelos actuais moradores na terra a orar a Deus pelos seus antepassados já falecidos. Nos terrenos adjacentes a esta rude capela existia um cemitério local onde eram sepultados os entes queridos. Por volta do ano de mil oitocentos, todos estes lugares vieram a ser incorporados no património da casa dos duques de Aveiro. Em mil oitocentos e trinta e seis, o pároco da freguesia, com autorização do Bispo da Diocese de Coimbra e com o impulso dos habitantes, aumentou a capelinha para o local onde já existia o cemitério. O estado a que chegou tornou indispensável a sua restauração, porque a fé e o bom sendo das pessoas não pode consentir que a sua antiquíssima capela viesse a desaparecer e tiveram que pôr mãos à obra de modo atenuar a ruína do monumento mais antigo do lugar. Foi em Novembro de mil novecentos e setenta e nove que se iniciou a edificação duma nova capela de Nossa Senhora da Graça, vindo as obras a concluir-se em Abril de mil novecentos e oitenta e um. Nesta construção foi respeitada alguma arquitectura anterior, especialmente o arco da entrada principal e a torre primitiva. "A escultura da titular, Virgem com o Menino, de calcário pertence aos meados do século XVI e é de oficina Coimbrã". As festas em honra de Nossa Senhora da Graça, padroeira de Salgueiro, muito venerada por um povo extremamente religioso, realizam-se no último domingo do mês de Agosto de cada ano. E para terminar, pois a crónica já vai um tanto longa, vamos referir-nos a um casarão, já em ruínas, que existe à margem da estrada de Verba, à saída de Salgueiro, que antigamente era um convento pertencente à família Matoso da então vila de Eixo. O povo que cultivava algumas das suas terras, em forma de arrendamente chamava-lhe o "celeiro" em virtude de ali ir pagar o foro (renda) e continua a chamar-lhe assim nos diasde hoje.. Na sua fachada principal existe em "pedra de granito" um brasão, cujo significado se desconhece, mas sabe-se, sim, que a primeira escola que existiu em Salgueiro, foi ali que funcionou durante muitos anos. Hoje o imóvel pertence a um proprietário natural de Salgueiro e ao que consta não pretende demolir tal relíquia histórica, pois deseja preservar as coisas do passado. São assim as pessoas amigas da terra onde viveram.

3 comentários:

Anónimo disse...

PELOS MAPAS MILITARES SABIA QUE HAVIA EM SALGUEIRO UMA «UCHA»....E PELA LOCALIZAÇÃO È O EDIFICIO A QUE CHAMAM CELEIRO.....SE FOREM AO DICIONARIO A PALAVRA «UCHA» QUER DIZER ISSO MESMO.....CELEIRO...
CONHECO NAS QUINTÃS OUTRO LUGAR COM O NOME DE «UCHA» MAS JÀ NÃO HÀ NENHUM EDIFICIO ANTIGO....
É INTERESSANTE QUE O VC TEM UMA PORTA NO 1º ANDAR PARA RECEBER PRODUTOS.....O BRASÃO QUE TEM PARECE QUERER DIZER QUE ERA RÉGIO.....MAS FIQUEI COM A IDEIA QUE O BRASÃO FOI LÁ COLOCADO NUMA ÉPOCA POSTERIOR AO EDIFICIO.... SERIA INTERESSANTE TENTAR-SE SABER MAIS SOBRE ESSA UCHA.....INCLUINDO ALGUM TRABALHO ARQUEOLOGICO....

NA REGIÃO DE BARCELOS HÁ UMA FREGUESIA CHAMADA UCHA....E TEM NO SEU BRASÃO UMA CANTARA....

ANTONIO ANGEJA

M. Ferreira Rodrigues disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
M. Ferreira Rodrigues disse...

Muito interessante o seu texto, mas não escreva Sôsa, que vem do Latim Socia, como pode ver aqui:
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/soza/1539